sexta-feira, 6 de julho de 2007

Livre

Como Fênix eu vou ressurgir
Destas cinzas eletrônicas
Como a verdade rompe a noite com o sol

E eu vou então viajar de costa a costa e depois
De Norte a Sul
Através das cidades e florestas
Por trilhas e estradas
Parando para ler poemas
Assistir pores do sol
E para fazer amor com as estrelas
Com o tempo e com as pessoas

E eu vou sentir
O ritmo do meu coração
Vou viajar sem dinheiro
Duro em esquecimento brilhando
Em salas escuras no fundo de botecos

Os dias passando
E as pessoas
Vindo ao meu encontro
Eu vou contar estórias
Algumas verdadeiras
A novos amigos bêbados
E vou escutar estórias
Meio bêbado
Meio ouvindo
Sentindo-me um estranho

Para sempre estranho
Exceto para as árvores e céus e para o vento
Vivendo
Conforme a intenção da natureza
Caminhando em direção ao horizonte

Por caminhos desconhecidos
Esquecendo-me de tudo o que não me é útil
Na cultura
De tudo o que é vulgar e mesquinho

Tudo o que mata

E vou viver como escrevo
Apaixonadamente
Como uma promessa de liberdade
Por que assim como minhas palavras

Eu carrego comigo
A semente da transformação

Drigo