domingo, 12 de julho de 2009

oblivio accebit

E às vezes parece o fim estar perto
E o mundo implica em que se largue tudo e se comece
Tudo de novo
Como se o fim gerasse o novo

Ler um livro novo
Começar um´outra banda
E a menina que espera na esquina adiante

Nada que adiante

E o povo derrama gasolina
Na fogueira
E a epidemia de cegueira contamina

Não nego - sou cego - e eu pago para ver
Às vezes caro demais

São Tomé perdendo contato
com a realidade

Talvez a idade atrapalhe e de fato esteja perdendo a visão
Por miopia, astigmatismo, ou por cansaço

Eu carne
Eu não aço
Eu stigmato

Sigo
Pelo calor do tato
Errando um pouco em cada ato

Até por fim
Errar de fato

E eu sigo,
Vivendo por supor

E às vezes o fim parece estar certo
E dói o futuro ser incerto
Dói a ferida ainda aberta

Dói ter que acreditar
E ter que esperar
O sol nascer

Dgo.