segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ao mal e ao bem que a Califórnia me fez

Eu espero pelo frio tudo o que eu quero é voltar pra casa
E eu digo isso por que eu não agüento mais ligar a cobrar pra dizer
Que todo mundo morre um pouco no decorrer de cada dia

E um outro pouco
A cada anoitecer

Morre sozinho,
Quase sem querer

E eu sei que cada chance de ter caído fora
Foi uma chance jogada fora
Eu espero pelo frio e eu pago para não sofrer
Eu pago sem querer

Eu não quero o que não seja meu, mas tudo bem
O merecer não é algo que eu queira discutir
Prefiro não merecer e partir

Eu tenho essa qualidade quase nada rara hoje em dia
De perder o controle e de apagar o que eu não quero
Na minha memória
De saber demais de história
Sem se dar conta
De que a história quem faz

Somos eu e você

E minha mente ainda está presa
Por sorte ou falta dela
No oeste da América do Norte
Presa demais

Ao mal e ao bem que a Califórnia me fez
a ainda e me faz

E a um passado que me traz a vontade a tona
Me faz querer a volta
Uma vontade que não me deixa em paz

E certa revolta ao perceber que
Eu sou diferente demais do viver desta cidade

Talvez eu devesse agir mais de acordo
Com minha idade com quem discorda
Com quem me dá pouca bola

Mas se tempo e espaço são de certa forma a mesma coisa
E se a vida é escola
Que mal há em se saber

Atemporal

Eu não sei como não o ser
E eu queria ter a capacidade afinal
De saber esquecer

Mas se for o caso
Eu caio fora de vez
E as coisas que ninguém fala que fez
Viram as coisas que só eu fiz

Eu espero contudo, que com o tempo
Você esqueça também
Que você conheça alguém
Que você seja feliz

Drigo